segunda-feira, 25 de novembro de 2013

3) Os Livros na Idade Média

Alguns livros da Idade Média
atualmente expostos em museus.
Na Idade Média,
a ditadura imposta pela Igreja
só permitia
que o povo lesse
apenas livros 
permitidos pela Igreja.






Como se vê na segunda parte desta história, os códex surgidos durante o Império Romano aceleraram os passos para se chegar ao que já era o livro propriamente dito, tal como o conceito que se tem do que seja um livro até hoje: um volume composto por páginas encadernadas, com textos e com ou sem imagens (ilustrações). Porém, naquela época ainda eram manuscritos (escritos à mão). As ilustrações também eram verdadeiras obras de arte feitas à mão. Na ilustração acima, estão fotos de alguns livros daquela época. Note que a Bíblia era, algumas vezes, publicada em exemplares que eram fechados por tiras de couro e botões ou fivelas.
A Idade Média é um período histórico da Europa, iniciado no século V e findado no século XV depois de Cristo (d.C.). Foi um período de excessivo fervor religioso e de muito medo imposto pela Igreja, cujos mandatários perseguiam e mandavam perseguir todas as pessoas que ousassem desobedecer suas determinações e as condenava à morte, a maioria em fogueiras em praças públicas. A Igreja proibia, por exemplo, a publicação e a leitura de livros que não fossem aprovados pelo clero.
Por isto os livros mais marcantes dessa época eram de cunho religioso. Muitos deles eram produzidos pelos monges copistas, cujo nome já indica suas funções: copiavam nesses livros ensinamentos religiosos. Entre estes, surgiram os primeiros livros didáticos, com ensinamentos destinados à formação de padres. Nos conventos, era conservada a cultura da Antiguidade, através da preservação de obras como as de Platão, Sócrates e outros sábios da Grécia Antiga, como também do Egito Antigo, mas o acesso a esses conhecimentos era restrito somente aos monges - e ainda assim, a alguns privilegiados entre eles. Vem daí a influência passada aos monges copistas: eram escribas como os do antigo Egito.
Isto explica também a origem da expressão "livro didático".  A palavra "didático" veio do idioma grego para significar o que se pode traduzir como a arte e a técnica de ensinar. Nessa época, os livros ganharam mais uma evolução quanto aos seus aspectos e às suas funcionalidades: as páginas passaram a ter margens e os volumes passaram a ter páginas em branco para identificar o fim de um capítulo ou uma parte do livro e o início de outra. Também foi nesse período que surgiram as letras maiúsculas para iniciar nomes próprios (de pessoas, lugares, etc.), frases e parágrafos.
A despeito das proibições da Igreja, vez por outra surgiam os "florilégios". Um florilégio era simplesmente um livro único contendo textos de vários autores. Geralmente eram poesias, crônicas, e muitas vezes tratados científicos. Havia também florilégios eróticos, e isto obviamente levou muita gente a morrer nas fogueiras.
Mesmo em todos países da Europa - Alemanha, França, Portugal, etc. - a maioria das publicações ainda era em latim. As páginas dos livros, embora encadernadas, ainda eram de peles como os pergaminhos (veja a primeira parte). Aos poucos, porém, elas passaram a ser de papel e, em cada país, as publicações começaram a ser feitas na língua vernácula. Porém, ainda eram manuscritos. O passo mais importante na evolução dos livros foi dado ainda na Idade Média com a invenção da impressão.


A seguir: Os Primeiros Livros Impressos

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